A Estratégia Nacional de Ciberdefesa e a criação de uma Escola de Ciberdefesa

No dia 2 de novembro de 2022 foi aprovada a Estratégia Nacional de Ciberdefesa, determinando que a execução desta será monitorizada pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas.

A esta entidade competirá, ainda, a elaboração de um Plano de Ação da Estratégia Nacional de Ciberdefesa – o qual deve ser revisto com periodicidade bienal.

Esta Estratégia define seis eixos de atuação:

1. Utilizar o ciberespaço como um domínio de operações, ou seja, assumir o Ciberespaço como um elemento integrante do processo de planeamento estratégico e operacional, participando no conjunto de operações de defesa numa perspetiva de multidomínio, ou seja, terra, ar, mar, espaço e ciberespaço;

2. Reforçar a capacidade de ciberdefesa nacional, passando este ponto por três dimensões essenciais:

a. Incrementar o conhecimento e o número de operacionais da ciberdefesa para uma dimensão suficiente,

b. Assegurar permanentemente uma infraestrutura tecnologicamente avançada que permita um potencial diferenciador para operar com vantagem no ciberespaço,

c. Garantir, na máxima extensão possível, a independência tecnológica, pela criteriosa combinação de sistemas abertos e comerciais e pelo incremento das capacidades nacionais fomentando o desenvolvimento de parcerias com o tecido económico e académico nacional.

3. Criar a escola de ciberdefesa, visando assegurar o constante incremento e a adaptação das qualificações necessárias para que os recursos humanos da defesa possam desenvolver operações num ambiente multidomínio e especificamente no ciberespaço, com vantagem sobre os agentes de ameaça, numa atuação segura, dinâmica e capaz;

4. Intensificar a cooperação nacional e internacional;

5. Promover a investigação, desenvolvimento e inovação no ciberespaço, incentivando o desenvolvimento de soluções de duplo uso;

6. Assegurar as capacidades necessárias da ciberdefesa em contextos de estado de exceção.

 

A novidade reside, principalmente, na Criação de uma Escola de Ciberdefesa. Esta consiste na edificação de uma entidade formadora conjunta (entre as Forças Armadas e outras entidades nacionais e internacionais de referência), que visa promover a ligação à comunidade académica, mas também ao tecido empresarial nacional, procurando estimular o conhecimento dos cidadãos sobre a missão da ciberdefesa.

Esta escola articular-se-á com a Cyber Academia and Innovation Hub, estabelecendo uma estreita articulação com outras iniciativas de capacitação de recursos humanos na área da cibersegurança, contribuindo com conhecimentos específicos para a capacitação tecnológica dos recursos humanos.

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